Punição

Executiva do PT afasta Delcídio e abre processo disciplinar contra senador

Em entrevista após a reunião da executiva, Falcão afirmou também que o partido não teme perder o apoio do PMDB durante o processo do impeachment da presidenta Dilma Rousseff

Da ABr
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Publicado em 04/12/2015 às 20:25
Foto: Lula Marques/ Agência PT
Em entrevista após a reunião da executiva, Falcão afirmou também que o partido não teme perder o apoio do PMDB durante o processo do impeachment da presidenta Dilma Rousseff - FOTO: Foto: Lula Marques/ Agência PT
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A Executiva Nacional do PT decidiu, nesta sexta-feira (4), afastar do partido o senador Delcídio do Amaral (MS) e abrir processo disciplinar contra ele. Segundo o presidente do PT, Rui Falcão, o senador terá 60 dias para apresentar sua defesa. Falcão disse que nesse período, o senador não é mais considerado filiado ao partido.

Delcídio está preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília desde o dia 25 de novembro. Ele foi acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

Em entrevista após a reunião da executiva, Falcão afirmou também que o partido não teme perder o apoio do PMDB durante o processo do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Ele ressaltou que o PT espera que o processo seja resolvido rapidamente.

"Eu não tenho esse temor. O momento é de unidade, e não de levantar suspeição sobre qualquer parte. A nossa disposição, e a do governo também, pelo que eu soube, é resolver isso rapidamente, mas os mecanismos para prolongar a atividade parlamentar não dependem de nós. A nossa opinião é que seja resolvido rapidamente e, se for necessário, reduzir o tamanho do recesso [parlamentar]." O recesso parlamentar, que deve começar no dia 22 deste mês, termina em fevereiro.

Falcão disse que o PT espera que a comissão especial criada pela Câmara dos Deputados para analisar o pedido de impeachment aja de acordo com a lei. "O que nós queremos é que eles [deputados] ajam de acordo com a lei. E a lei é clara ao dizer que a motivação para o impeachment tem que ser crime constatado, praticado no atual mandato da presidenta da República. Portanto, estamos seguros, tranquilos, como disse a presidenta, que o pedido de impeachment é inconsistente, sem base legal e motivado por intenções que já o maculam desde o início."

O presidente do PT conversou com a imprensa após a reunião da Executiva, da qual participaram representantes de movimentos populares, entre os quais o de Pequenos Agricultores (MPA), o dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o dos Atingidos por Barragens (MAB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Levante da Juventude.

Em nota divulgada à imprensa após o encontro, a Executiva Nacional do PT diz que o pedido de impeachment da presidenta aceito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na quarta-feira (2), não passa de “sórdida vingança”.

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