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A presidenta Dilma Rousseff voltou a criticar o pedido de impeachment contra ela aceito semana passada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Diante de uma plateia favorável, que gritava o seu nome e repetia “não vai ter golpe” à exaustão, ela acusou os favoráveis à sua saída de desejarem “um atalho para chegar à presidência da República”.
“Na semana passada, deram início a um pedido de impedimento do meu segundo mandato. Não há nenhuma justificativa para que isso ocorra, exceto para aqueles que acham que têm um atalho para chegar à presidência da República, que não seja pelo voto popular”, disse a presidenta na noite desta segunda (7), em Brasília.
Ela disse ainda que vai “lutar com todas as forças” para “ter um Brasil que respeita as instituições” e negou ter feito empréstimos bancários para pagamento de programas sociais: “Uma parte do que me acusam é de ter pago Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida. Paguei sim, mas pagamos com o dinheiro do povo brasileiro. Não foi empréstimo, foi dinheiro legítimo dos tributos pagos pelo povo desse país. Nós sempre assumimos compromissos com o povo desse país”.
Dilma também disse que existe “um pequeno grupo que acha que o pior é o melhor caminho”. Em seguida, afirmou que vai trabalhar para unir o país. “O Brasil unificado é mais forte que tudo. Mas só conseguimos isso dentro da legalidade, da democracia, do Estado de Direito. Os golpes não constroem harmonia, unidade e a pacificação necessárias para os povos avançarem. O golpes constroem o caos e deixam feridas profundas”.
A presidenta participou da abertura da 10ª Conferência Nacional de Assistência Social. O evento vai até quinta-feira (10) e debaterá o Sistema Único de Assistência Social (Suas), que completa dez anos em 2015. O sistema visa a garantir o acesso da população de baixa renda a benefícios, projetos e serviços sócio-assistenciais.