EDUCAÇÃO

Alckmin diz que 2016 será ano de explicar reorganização das escolas públicas

Em protesto contra esse plano, estudantes ocuparam quase duzentas escolas em São Paulo

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 11/12/2015 às 16:39
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Em protesto contra esse plano, estudantes ocuparam quase duzentas escolas em São Paulo - FOTO: Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta sexta-feira (11), que 2016 será o ano de explicar a professores e alunos como vai funcionar a reorganização das escolas públicas. Numa demonstração de que o governo não desistiu do projeto, apesar da publicação de um decreto revogando a medida, Alckmin disse que a reorganização é boa e necessária para o Estado. 

"O ano que vem (2016) seria o ano de implantação, mas vai ser o ano da explicação. Os dirigentes de ensino vão de escola em escola explicando para os alunos e os pais as razões da reorganização", afirmou, em viagem ao interior do Estado.

Em protesto contra esse plano, estudantes ocuparam quase duzentas escolas em todo o Estado. Na manhã desta sexta-feira, 11, mais de cem unidades continuavam ocupadas, quase a metade na capital.

De acordo com o governador, a maioria dos alunos das 5.174 escolas do Estado não se opunha à reorganização. "Nós já temos 1 500 escolas de ciclo único, que é aquela que separa o ciclo 1, alunos de 6 a 11 anos, do ciclo 2, com alunos de 11 a 14 anos, e só de ensino médio. Essas escolas de ciclo único são, em média, 14% melhor avaliadas no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Então, o ideal é ter as escolas separadas por ciclo."

Ainda segundo Alckmin, a proposta era ter 750 escolas a mais de ciclo único em 2016, o que implicaria em mudanças na rede. "Isso porque, em uma escola em que os alunos estão misturados, ficaria só com o ciclo 1, ou o ciclo 2, ou o ensino médio. Isso melhora o ensino", afirmou. 

Nesta sexta-feira (11), o governador esteve em Populina, Santa Salete e Nova Independência, na região de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, para entregar casas populares e reformas em prédios públicos.

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