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O Conselho de Administração do Banco BTG Pactual criou um Comitê Especial para supervisionar e dirigir uma investigação interna sobre a atuação do ex-presidente da instituição, André Esteves, preso na Operação Lava Jato. Segundo o banco, o Comitê Especial será formado por maioria de membros independentes do Conselho de Administração e será presidido por Mark Maletz, membro independente do conselho, contando também com Claudio Galeazzi, também independente, e Huw Jenkins, vice-presidente do Conselho de Administração do BTG Pactual. As ações do Comitê Especial serão tomadas por voto da maioria e os membros independentes sempre constituirão a maioria dos membros votantes do Comitê Especial, informou o banco.
O BTG diz que contratou o escritório internacional de advocacia Quinn Emanuel, com ampla experiência em investigações dessa natureza, para conduzir a investigação interna independente. O escritório indicará em breve uma empresa de advocacia brasileira para trabalharem em conjunto.
Em nota, o BTG diz ainda que o Conselho de Administração não estabeleceu limites à autoridade do Comitê Especial na condução da investigação e concordou em colocar à disposição do Comitê Especial e do Quinn Emanuel as informações e profissionais do BTG Pactual.
O presidente do Conselho de Administração do BTG Pactual, Persio Arida, afirmou que está “muito satisfeito” com o fortalecimento do BTG Pactual nos últimos 16 dias. “Temos trabalhado incansavelmente para garantir a estabilidade dos nossos negócios. Vendemos vários ativos incluindo Rede D’Or, alguns portfólios de crédito e outras participações societárias. Além disso, contratamos junto ao Fundo Garantidor de Créditos uma linha de crédito de R$ 6 bilhões. Continuaremos nosso programa de monetização de ativos durante as semanas vindouras”, disse Arida, em nota.
O BTG Pactual é um banco de investimento e conta com 245 sócios. O Banco tem escritórios em 20 países e a sua sede está localizada no Brasil. Com a prisão de Esteves, o BTG Pactual enfrentou problemas como queda das ações na bolsa e redução de liquidez (recursos disponíveis), o que levou à perda do grau de investimento pelas agências de classificação de risco Moody's e Fitch.
Investigados pela Operação Lava Jato, Esteves e o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) foram presos no dia 25 de novembro, acusados de tentar obstruir as investigações e tentar convencer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a desistir do acordo de delação premiada.