ministério da fazenda

Para Belluzzo, Barbosa deve dialogar com setor privado

Belluzzo afirma que o novo ministro saberá atuar para tirar a atividade da recessão, 'da melhor forma possível'

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 19/12/2015 às 9:50
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Belluzzo afirma que o novo ministro saberá atuar para tirar a atividade da recessão, 'da melhor forma possível' - FOTO: Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, deverá atuar para gerar a coordenação das políticas fiscal e monetária e dialogar com o setor privado e trabalhadores a fim de retomar o investimento autônomo e o consumo na economia disse o ex-secretário de Política Econômica, Luiz Gonzaga Belluzzo.

"A economia capitalista não cresce sem a expansão dos rendimentos dos assalariados e dos lucros das empresas. É preciso estimular o crescimento. Todo mundo está esperando isso", disse. Ele aposta que o principal canal para que isso ocorra é a decolagem das concessões públicas em infraestrutura em 2016.

Para Belluzzo, "Barbosa é um ótimo economista. Será uma transição no posto o mais suave que se poderia esperar. O Nelson tem bom senso e tentará corrigir os desequilíbrios da economia, causados especialmente pelo choque de juros para combater uma inflação causada por um reajuste brutal de preços administrados "

Belluzzo afirma que o novo ministro saberá atuar para tirar a atividade da recessão, "da melhor forma possível".

O economista afirma que o melhor caminho para o País retomar a expansão do PIB é preciso negociar e conversar com o setor privado e com os trabalhadores. "Ouvir as demandas. Tem que estimular o investimento autônomo, especialmente com as concessões públicas em infraestrutura, uma tese que é muito defendida por diversos economistas conceituados pelo mundo, inclusive Oliver Blanchard. É preciso fortalecer o circuito renda-emprego."

Belluzzo descarta a liberação de crédito por bancos públicos: "Na atual conjuntura, essa posição, que é inclusive defendida pelo ex-presidente Lula não funcionaria. As pessoas estão com medo de perder o emprego e portanto não assumirão mais financiamentos."

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