A Odebrecht informou que mantém "relações institucionais transparentes" com presidentes "de forma condizente com a importância do cargo em benefício de interesses nacionais". Segundo a empresa, a prática é comum nos EUA e França, cujos chefes de Estado promovem suas empresas na busca por uma maior participação no comércio global.
A Odebrecht diz lamentar "que se repita o expediente de vazamento de mensagens descontextualizadas de ex-executivos da empresa" e afirma que elas "expressam fatos absolutamente normais", como o fornecimento de subsídios para viagens a países onde empresas mantêm operações. "Tenta-se promover uma leitura maliciosa de mensagens em que o ex-presidente da holding Odebrecht se mantém informado sobre investimentos do acionista. Previsões de mercado são propositalmente confundidas com informações privilegiadas."
A Braskem afirma que um acordo para a instalação de um polo petroquímico no Peru "já estava em gestação desde antes da visita do ex-presidente Lula ao país". "O acordo foi efetivamente assinado durante a visita, dentro do rol de acordos bilaterais comum a missões presidenciais."
O Instituto Lula não respondeu aos questionamentos. Lula já negou "tráfico de influência" em favor da Odebrecht e afirmou que "presidentes e ex-presidentes do mundo inteiro defendem as empresas de seus países no exterior".