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STF arquiva petição para investigar Randolfe Rodrigues na Lava Jato

Rodrigues foi citado em depoimento de delação premiada de Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, um dos entregadores de dinheiro do doleiro Alberto Youssef

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 04/01/2016 às 16:30
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Rodrigues foi citado em depoimento de delação premiada de Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, um dos entregadores de dinheiro do doleiro Alberto Youssef - FOTO: Foto: José Cruz/Agência Brasil
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O ministro relator Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o arquivamento da petição que poderia resultar em uma investigação contra o senador Randolfe Rodrigues (Rede - AP) no âmbito da Lava Jato. O ministro acatou um pedido formulado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Rodrigues foi citado em depoimento de delação premiada de Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, um dos entregadores de dinheiro do doleiro Alberto Youssef. Segundo Ceará, Youssef mencionou o pagamento de R$ 200 mil ao senador.

Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, as informações colhidas contra Rodrigues não são suficientes para indicar de modo concreto e objetivo a autoria de crimes. Em depoimento à PGR, Youssef contradisse o ex-funcionário ao negar que conhecia o senador e ao afirmar que nunca conversou com Ceará sobre entrega de valores a Rodrigues.

Em nota, a assessoria do senador diz que a declaração de Rocha é "falsa, descabida, caluniosa e irresponsável". "O Senador Randolfe jamais teve qualquer contato com os envolvidos e o próprio delator afirma, em mesmo depoimento, que 'não sabe se esse valor foi efetivamente pago', que 'nunca entregou dinheiro para Randolfe nem o viu'."

O teor da delação de Ceará, citando o senador, só se tornou público na semana passada, mas a decisão de Zavascki sobre o arquivamento da petição data de 9 de dezembro. No mesmo depoimento, Ceará afirma que efetuou repasse de valores ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) e ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os parlamentares negam as acusações.

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