Câmara dos Deputados

Cunha arquiva outro pedido de impeachment de Temer protocolado em dezembro

Cunha também anulou hoje uma votação da Comissão de Agricultura, nos últimos meses do ano

Do Estadão Conteúdo
Cadastrado por
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 05/01/2016 às 19:47
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Cunha também anulou hoje uma votação da Comissão de Agricultura, nos últimos meses do ano - FOTO: Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Leitura:

Em pleno recesso parlamentar, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), veio à Casa para cumprir uma agenda de despachos internos. Entre as decisões assinadas pelo peemedebista nesta terça-feira (5) está o indeferimento de um pedido de impeachment do vice-presidente da República, Michel Temer.

O pedido do impeachment de Temer foi protocolado em dezembro pelo advogado Mariel Márley Marra. O advogado alegava que o vice-presidente cometeu crime de responsabilidade e teria atentado contra a lei orçamentária ao assinar decretos autorizando a abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional. 

Esse é o segundo pedido de afastamento de Temer arquivado por Cunha. O primeiro indeferido era do deputado Cabo Daciolo (sem partido-RJ). 

Cunha também anulou hoje uma votação da Comissão de Agricultura, nos últimos meses do ano, que aprovou a convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A aprovação da convocação foi anulada porque não foi concedido pedido de verificação da votação.

 

POSSE

O peemedebista deixou seu gabinete no início desta noite sem conceder entrevista coletiva. Na saída, Cunha negou que tenha prolongado a decisão de dar posse ao peemedebista Átila Nunes (RJ), aliado do líder Leonardo Picciani (RJ). O vereador licenciado da capital fluminense virá amanhã a Brasília para tomar posse do cargo de deputado federal.

A posse do peemedebista foi viabilizada por liminar concedida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, após o presidente da Câmara alegar que Nunes não poderia ser empossado porque exercia a função de vereador. A liminar foi deferida no dia 29 de dezembro. "Só cumpri a Constituição", disse Cunha nesta noite.

De acordo com o regimento interno, o deputado precisa vir pessoalmente à Câmara tomar posse. O ato de posse geralmente acontece em plenário, mas como o Congresso está em recesso, precisa apenas ser assinado pelo presidente da Casa ou por um de seus vices.

Últimas notícias