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Processo de venda da participação da Petrobras na Braskem será oficializado

Negócio foi decidido no ano passado, mas esbarrava em duas questão para deslanchar

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 14/01/2016 às 11:11
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Negócio foi decidido no ano passado, mas esbarrava em duas questão para deslanchar - FOTO: Foto: AFP
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A Petrobras deve iniciar nos próximos 15 dias o processo formal da venda de sua participação na Braskem, controlada pela estatal em conjunto com a Odebrecht, segundo fontes. O negócio foi decidido no ano passado - foi antecipado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, em abril -, mas esbarrava em duas questão para deslanchar.

Em primeiro lugar, havia um impasse entre Braskem e Petrobras em relação ao novo contrato de longo prazo para o fornecimento de nafta, matéria-prima da petroquímica. Essa questão foi resolvida no final de dezembro. Além disso, o complexo em construção pela Braskem com a parceria da Idesa, no México, previsto para 2015, entrou em fase de testes e deve iniciar operações comerciais no decorrer das próximas semanas.

A cifra que a Petrobras deve embolsar com a venda de sua fatia de 36% ainda não está fechada, mas, segundo fontes, deve corresponder ao valor de mercado mais um prêmio de controle, que dependerá do processo de concorrência. Quando a venda foi decidida, falava-se no mercado em um prêmio de 30%. 

De lá para cá, porém, as ações da Braskem, até então sob o impacto dos desdobramentos das investigações da Polícia Federal na Operação Lava Jato, se recuperaram. Hoje, a fatia da Petrobras na Braskem é de a R$ 5,4 bilhões. Naquele momento, essa participação estava avaliada em R$ 2,8 bilhões.

Embora ainda não tenha oficializado a negociação de sua fatia na Braskem, a Petrobras já teria recebido manifestação de interessados, tanto de empresas do segmento como de investidores no País e no exterior. Mas não há prazo para que um eventual negócio seja fechado. 

A candidata natural a assumir a participação da estatal seria a sócia Odebrecht, que tem 38% da Braskem, mas o conglomerado enfrenta um momento particular desde a prisão de Marcelo Odebrecht e, por isso, não deve fazer uma oferta pela fatia. 

Procuradas, Braskem e Petrobras não se posicionaram sobre o assunto. A Odebrecht disse que tomou conhecimento sobre a intenção da Petrobras pela imprensa, e salientou que vai "acompanhar o desdobramento do assunto".

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