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A presidente Dilma Rousseff pediu nesta quarta-feira (27) aos países do fórum latino-americano e caribenho Celac uma estratégia regional de combate ao zika vírus e anunciou uma reunião de ministros da Saúde do Mercosul na próxima terça-feira (2) em Montevidéu.
"Na minha intervenção também propus que tivéssemos também uma ação de cooperação no combate ao zika vírus (...) Vamos fazer uma reunião do Mercosul na terça-feira em Montevidéu aberta a todos os países que queiram da Celac ou da Unasul", garantiu Dilma à imprensa, antes de ir embora da cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, nos arredores de Quito.
A presidente, que na terça-feira disse que o governo brasileiro intensificará a luta "casa por casa" contra o zika e se mostrou convencida de que logo haverá uma vacina contra este vírus, garantiu que a "Celac também vai organizar uma reunião específica de ministros da saúde" para tratar do tema.
Nos últimos meses houve um forte aumento dos casos de zika na América Latina, especialmente no Brasil, provocando alarme em particular entre as mulheres grávidas já que o vírus, transmitido por um mosquito, é possivelmente associado a casos de malformações fetais.
"A maioria dos países está adotando um modelo similar ao nosso de utilização das forças armadas como um dos vetores de organização do combate para a erradicação física dos criadouros e a eliminação das águas paradas", garantiu.
Na segunda-feira, o ministro brasileiro da Saúde, Marcelo Castro, disse que cerca de 200.000 efetivos das Forças Armadas trabalharão "casa por casa" na prevenção do mosquito e anunciou que o governo distribuirá repelente para ao menos 400.000 mulheres grávidas beneficiárias do Bolsa Família.
O Aedes aegypti, mosquito que transmite também dengue e chikungunya, já está presente em 21 dos 55 países e territórios das Américas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que prevê uma expansão do vírus zika por todo o continente americano.