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Presidente da CUT vê com bons olhos FGTS como garantia para consignado

Wagner Freitas defendeu que o conselho curador do fundo deve ter controle do total de recursos utilizados

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 28/01/2016 às 15:10
Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini
Wagner Freitas defendeu que o conselho curador do fundo deve ter controle do total de recursos utilizados - FOTO: Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini
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O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Wagner Freitas, disse nesta quinta-feira, 28, que, a princípio, vê "com bons olhos" a proposta do governo de usar parte do saldo do FGTS dos trabalhadores como garantia do crédito consignado. Ele fez questão de ponderar que essa é uma opinião pessoal, pois a entidade ainda não debateu o assunto.

Como adiantou o jornal O Estado de S. Paulo, pelo projeto do governo, o trabalhador terá direito a usar 10% do que tem depositado no FGTS, somados aos 40% de multa por ter sido demitido, como garantia ao financiamento que está contratando. A medida deve ser anunciada na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, na tarde desta quinta.

"Eu vejo, a princípio, com bons olhos, mas essa é uma opinião pessoal. A CUT ainda não debateu o assunto", afirmou Freitas, ao chegar para a reunião do Conselhão, no Palácio do Planalto. A implementação da medida exigirá envio de proposta de mudança legal ao Congresso. Será preciso mudar a lei do FGTS, que só permite investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura

Wagner Freitas defendeu que o conselho curador do fundo deve ter controle do total de recursos utilizados e que o governo deve estabelecer alguma norma para que os recursos do fundo ajudem a criação de novos empregos. "O FGTS já foi usado tão equivocadamente por outros governos, inclusive para pagar contas de governo", comentou.

 

Reforma previdência

Por outro lado, o presidente da CUT se disse contra a reforma da Previdência que vem sendo discutida no governo. Para ele, "não é o momento". "Reforma da Previdência não é prioridade para o Brasil. Queremos a reforma política, a reforma tributária para tributar os mais ricos", disse. Ele defendeu que as proposta sejam debatidas em fórum de discussão criado pelo governo.

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