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A Oi teria instalado uma antena de celular para beneficiar a cobertura telefônica no sítio frequentado pelo ex-presidente Lula em Atibaia, interior de São Paulo. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o amigo do petista, José Zunga Alves de Lima, funcionário da operadora, pode ter sido responsável por conseguir a instalação como um "presente".
O pedido de instalação foi conduzido pelo então diretor João de Deus Pinheiro Macedo e teve aval de Otávio Marques de Azevedo, presidente da AG Telecom, uma das controladoras da Oi e parte do grupo Andrade Gutierrez. A empreiteira é investigada na Operação Lava-Jato.
Cálculos feitos por engenheiros de telecomunicações indicam que a obra, a menos de 150 metros do sítio, custou cerca de R$ 1 milhão. O equipamento não seguiria o traçado das rodovias que dão acesso ao município, ao contrário de outras 18 torres da operadora em Atibaia. De acordo com a Anatel, a antena, com tecnologias 2G e 3G, permite chamadas de voz e acesso à internet.
Durante reunião do conselho consultivo da presidência do PT, na segunda-feira (15), Lula desabafou sobre a investigação."Não aguento mais falar disso. O Luiz Marinho vai lá em casa e só quer falar disso. Chego no Instituto para trabalhar e só falam disso. Não aguento mais", disse Lula, segundo relatos de conselheiros", disse o ex-presidente.
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato em 1º grau, autorizou no dia 9 de fevereiro, a abertura de inquérito específico para que a Polícia Federal investigue o Sítio Santa Bárbara. A força-tarefa do Ministério Público Federal suspeita que empreiteiras - como OAS e Odebrecht - tenham realizado obras na propriedade como compensação por contratos com o governo.
O projeto, que envolveu a construção de uma casa com quatro suítes, foi comandado por Frederico Barbosa, que é engenheiro da Odebrecht. O sítio está em nome de dois sócios de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente.
