Integrantes da CPI do Fundos de Pensão rejeitaram nesta quinta-feira (18) o requerimento de autoria do deputado Enio Verri (PT-PR) que tinha como objetivo impedir a discussão sobre a prorrogação das atividades do colegiado por mais 60 dias.
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O pedido de ampliação do prazo foi inserido na pauta pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP). A possibilidade de prorrogar o período de investigações da CPI contrariou representantes do PT, que acusaram os opositores de tentarem fazer do colegiado um "palanque" eleitoral.
"Nós já prorrogamos essa CPI. As outras CPIs, a do BNDES e da Petrobras, não foram prorrogadas. Nós entendemos que já foi dado o prazo regulamentar, já foi feita uma prorrogação, portanto, nós não temos acordo para nova prorrogação", afirmou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP). "Não há nenhum fato novo que justifique essa prorrogação", afirmou a deputada Erika Kokay (PT-DF).
Integrantes da oposição defenderam, por sua vez, a continuidade da atividades previstas para se encerrarem no próximo dia 19 de março.
"Essa CPI é uma CPI diferenciada pelo fato de que ela não contava com trabalho anterior do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, na profundidade e extensão que nós precisávamos", afirmou o deputado Raul Jungmann (PPS-PE). "Essa CPI está em fase de maturação."
A votação do requerimento de Enio Verri foi feita de forma simbólica (aquela em que os deputados se manifestam por gestos). "O requerimento está rejeitado", declarou ao final da discussão o presidente do CPI, Efraim Filho. Contrariado com o resultado, Paulo Texeira disse que iria apresentar recurso contra a decisão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Também consta na pauta da CPI, desta quinta-feira, o requerimento de convocação do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. Após a fase de votação, os parlamentares devem ouvir o depoimento do presidente para América Latina e CEO no Brasil do Banco BNY Mellon, Eduardo Koelle. O BNY Mellon é suspeito de dar prejuízo ao Postalis, fundo de pensão dos Correios.