Uma pequena multidao se aglomera nas imediações da casa do ex-presidente Lula, em São Bernardo do Campo, na manhã desta sexta-feira (4). A frente do edifício foi isolada pela Polícia Militar. As opiniões são divergentes: há quem esteja prestando solidariedade ao petista e há quem aplauda a ação de levar Lula para depor, mediante mandado de condução coercitiva.
Leia Também
O ex-presidente foi levado para prestar depoimento na Polícia Federal localizada na sede do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Lula foi levado de casa antes das 7h. Inicialmente não se sabia se ele prestaria depoimento na sede da PF em São Paulo ou se seria levado para Curitiba, onde os investigados da Operação Lava Jato estão sendo levados costumeiramente. Por medida de segurança, ele acabou levado para o Aeroporto. Com isso, as remessas de passaportes no local estão atrasados. No aeroporto, manifestantes protestam contra Lula.
Na frente da casa de Lula, várias pessoas se manifestam e a segurança precisou ser reforçada. Várias pessoas levaram faixas para apoiar o ex-presidente e dizer que a 24ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Aletheia (em busca da verdade, em grego), não passa de um golpe. Já os que são contrários a Lula o chamam de ladrão e dizem que, finalmente, a justiça foi feita.
Lula está sendo alvo de mandado de busca e apreensão e de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento e depois é liberada. Por volta das 6h, quatro carros da PF entraram no prédio dele, em São Bernardo, enquanto cerca de 10 agentes permaneceram na portaria. Já na casa de Lulinha, em Moema, dois carros da PF e um da Receita Federal chegaram às 6h.
Agentes da PF também estão, nesta manhã, na sede do Instituto Lula, no bairro Ipiranga. O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, também é alvo de condução coercitiva. Também estão sendo cumpridos mandados em Atibaia e Guarujá, onde ficam o sítio e o triplex, e na Odebrecht, na marginal Pinheiros. Agentes estão ainda em Santo André e Manduri.
Ao todo, 44 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. Participam da ação cerca de 200 agentes da PF e 30 auditores da Receita Federal. A determinação é do juiz federal Sergio Moro, de Curitiba.