O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, evitou nesta segunda-feira (7) tomar partido no debate sobre se houve ou não abuso na condução coercitiva a que foi submetido na última sexta-feira (4) o ex-presidente Lula, retirado de sua casa e levado pela Polícia Federal para prestar depoimentos na 24ª fase da Operação Lava Jato.
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"Não sou jurista e especialista em direito, mas entendo que todos são iguais perante a lei. O que caracteriza a República é a igualdade dos cidadãos perante a lei. Não tem diferença", disse o governador após ter participado da cerimônia que inaugurou o ciclo de sessões plenárias da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em 2016.
"Até pelo contrário. Quanto mais alta a responsabilidade, maior o dever. Aquele que foi governador, presidente e prefeito tem mais responsabilidade. Ele tem mais conhecimento da lei, tem mais explicações a dar à população", avaliou Alckmin.
Para o governador, a crise política é uma oportunidade para o fortalecimento da democracia no País. "O Brasil precisa sair ainda mais fortalecido. O País precisa ter suas instituições fortes, com a Polícia e o Ministério Público cumprindo o papel da investigação e o Judiciário julgando. O País não pode parar", afirmou. "Tem que garantir o emprego, as empresas fazendo investimentos, dizendo que o Brasil está maduro e que as instituições são sólidas."