Cuba condenou no domingo (6) os ataques "injustificáveis e desproporcionais" através dos quais as "oligarquias e o imperialismo" buscam desacreditar o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e "derrubar o governo legítimo" da presidente Dilma Rousseff.
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"O Ministério das Relações Exteriores (de Cuba) rejeita o ataque contra a constituição e a democracia no Brasil, que converteu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (...), assim como o governo liderado pela presidente Dilma Rousseff, em alvos de ações judiciais e parlamentares, injustificadas e desproporcionais", afirmou em um comunicado, lido na televisão local.
"A indignante manipulação da luta contra a corrupção tem o propósito de desacreditar um líder emblemático de nossa América, desqualificar uma das organizações políticas mais combativas da região, derrubar o governo legítimo da presidente Dilma Rousseff e liquidar o processo progressista regional", acrescentou.
Lula, líder histórico do Partido dos Trabalhadores (PT), foi alvo na sexta-feira (5) de um mandado de condução coercitiva em São Paulo para ser interrogado n âmbito do escândalo de corrupção na Petrobras, e se declarou humilhado por esta medida, que denunciou como um circo jurídico.
Ao condenar este fato e "a tentativa de golpe parlamentar contra Dilma", a chancelaria cubana destacou que, "com estes métodos sujos", setores de alguns países latino-americanos, "em estreita aliança com grupos transnacionais da comunicação, as oligarquias e o imperialismo, pretendem impor à força aos povos o que não foram capazes de ganhar nas urnas".
"Os companheiros Lula e Dilma Rousseff demonstraram uma valentia e determinação admiráveis ao enfrentar este ataque contra eles", disse a chancelaria.