Presidente licenciado do PSD e ministro das Cidades, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab afirmou nesta segunda-feira (7) no Rio de Janeiro que seu partido "continua firme" apoiando a presidente Dilma Rousseff (PT).
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"O PSD continua firme. Nós ajudamos a eleger esse governo e estamos nos esforçando para que seja um bom governo. Todos sabem das dificuldades no campo da economia, mas estamos firmes e solidários à presidente", afirmou.
Para Kassab, não há motivo para o impeachment de Dilma. "Não tenho visto nada que chegue até a presidente. Eu acho que não existe motivo para impeachment, nada chega à presidente daquelas coisas que eu não quero nem entrar no mérito", afirmou. "O Poder Judiciário existe para que faça suas operações, para que puna aqueles que cometeram crimes e também deixe claro aqueles que estão sendo injustiçados por falsas alegações", completou.
Sobre a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento à Polícia Federal, na última sexta-feira (4), em São Paulo, Kassab criticou a decisão do juiz Sergio Moro. "O ex-presidente Lula já tinha se colocado à disposição da polícia com seus depoimentos. Acontecendo isso, acho que não teria nenhum sentido (a condução coercitiva). Aliás, os próprios ministros do Supremo Tribunal Federal, em suas manifestações de ontem e hoje, tiveram esse entendimento também", completou.
Na eleição municipal de outubro, Kassab afirmou que não vai interferir na escolha que fizer o diretório municipal do PSD. Aliado do PMDB nos âmbitos estadual e municipal, o PSD está dividido entre manter a aliança e apoiar o candidato peemedebista (provavelmente o atual secretário municipal de Coordenação de Governo, Pedro Paulo Carvalho Teixeira) ou lançar candidato próprio (o deputado federal Índio da Costa quer ser o candidato). "É legítimo o partido ter candidatura própria. Nós temos no Rio uma aliança muito consolidada com o PMDB. Existem alguns que defendem a aliança; outros, como o Índio, defendem candidatura própria. A direção nacional dá autonomia. A gente pode, sempre que solicitado, dar opinião, mas não interferir. Exteriorizar uma posição seria quase estar interferindo no processo. Eu tenho certeza de que os dois lados vão se entender", afirmou.
Kassab esteve no Rio para visitar obras do Veículo Leve sobre Trilhos e da Linha 4 do metrô, nas quais uma das fontes de verbas é o governo federal por meio do Ministério das Cidades.