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Oposição quer reunião com Lewandowski para acelerar pedido de impeachment

Contrários à continuidade do governo Dilma, PPS, ao lado de DEM e PSDB, vão pedir que o STF responda os embargos apresentados pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

Da ABr
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Publicado em 07/03/2016 às 16:05
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Contrários à continuidade do governo Dilma, PPS, ao lado de DEM e PSDB, vão pedir que o STF responda os embargos apresentados pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - FOTO: Foto: José Cruz/Agência Brasil
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Líderes da oposição vão tentar se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, ainda nesta segunda-feira (7) para pedir celeridade na decisão sobre a comissão especial que vai julgar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A Corte havia se pronunciado no final do ano passado contra a composição da comissão por chapas avulsas – não indicadas pelos líderes de cada partido – e declarando que esta decisão tem que ser tomada por voto aberto.

“O Supremo tomou uma decisão equivocada. É possível que haja uma releitura”, disse o líder do PPS, Rubens Bueno (PR).

Contrários à continuidade do governo Dilma, PPS, ao lado de DEM e PSDB, vão pedir que o STF responda os embargos apresentados pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pedindo esclarecimentos sobre o rito.

A oposição ainda quer acrescentar ao processo a reportagem, divulgada semana passada pela revista IstoÉ, de que o senador Delcídio Amaral (PT-MS), ex-líder do governo, fez delação premiada e teria dito que a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras. Bueno disse que este aditivo não vai atrasar o andamento do impeachment. Líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), disse que mesmo que o depoimento não seja homologado pela Justiça, “a oposição vai entrar com um pedido de investigação”. Ele lembrou que os partidos contrários ao governo fecharam questão e vão obstruir as votações na Casa até que a comissão que vai analisar o pedido de impeachment seja instalada.

 

Críticas

Em evento hoje (7), em Caxias do Sul (RS), a presidenta Dilma Rousseff que parte da oposição está dividindo o país. Ao rebater as declarações da presidenta, Avelino disse que o papel da oposição é de fiscalização do governo. “Somos a minoria. Não fomos eleitos para governar o país. Nosso papel é fiscalizar. Ela [Dilma] e o governo dela não têm propostas sérias”.

 

Requerimento

A Mesa Diretora da Câmara já recebeu o requerimento, assinado por Rubens Bueno,  que pede esclarecimentos sobre custos da viagem de Dilma a São Bernardo do Campo (SP) para visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último sábado (5). O requerimento deve encaminhar até o final do dia para Casa Civil da Presidência da República. “Pedimos esclarecimentos sobre custos da viagem, aparato de servidores que a acompanharam, o deslocamento de helicóptero para depois pedir na Justiça o ressarcimento desses gastos”, argumentou o parlamentar.

Dilma viajou em jato da Força Aérea Brasileira acompanhada pelo ministro Jaques Wagner (Casa Civil) para prestar solidariedade a Lula, que no dia anterior foi levado coercitivamente para prestar depoimento à Polícia Federal sobre investigações da Lava Jato. No encontro, Lula e Dilma apareceram na varanda do apartamento de Lula, em São Bernardo do Campo, e cumprimentaram apoiadores que se aglomeraram em frente ao prédio. “Foi o abraço dos afogados”, disse Bueno.

Em relação ao pedido de esclarecimentos, a assessoria da Presidência da República informou que "por imposição de segurança, todo o deslocamento da presidenta Dilma Rousseff precisa ser feito por meio do avião presidencial. Também por questões de segurança, se necessário o uso de helicóptero, será o helicóptero militar".

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