O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou na tarde desta terça-feira (8), que "o Brasil tem pressa" para definir o rito do impeachment no Congresso Nacional. O ministro disse que a urgência não é uma questão de interesse do governo ou da oposição, mas de necessidade para o País.
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"O rito do impeachment não é questão de governo ou de oposição. O País tem pressa em definir esse processo", afirmou o Ministro. "Não sou eu, não é o governo, não é a oposição que tem pressa. É o país que tem pressa. Tem que ter regras claras."
Relator do processo que definiu o caminho do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso, Barroso concluiu nesta segunda a publicação do acórdão sobre o julgamento do processo. A exposição da ementa abre o prazo de cinco dias para a interposição de novos recursos além dos já apresentados pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Em um dos movimentos, das várias frentes na investida contra Dilma, a oposição já estuda apresentar novos embargos que endossem os já interpostos pela Câmara. Eles terão até segunda-feira da semana que vem para apresentar novos recursos.
O presidente da Câmara já deixou claro que não irá dar andamento ao pedido de impeachment contra Dilma enquanto os embargos não forem julgados. Cunha também afirmou que a Câmara ficará "paralisada" até que o STF esclareça os pontos questionados por ele e dê a última palavra sobre o caso.