A presidente Dilma Rousseff convocou uma coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (11) e em uma fala de cerca de 15 minutos fez uma forte defesa de seu mandato, garantiu que não renuncia, disse que "teria orgulho" de ter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu ministério, mas não quis confirmar se o convidou. Dilma fez ainda um apelo por manifestações sem violência no próximo domingo (13). "Pelo menos testemunhem que eu não tenho cara de quem vai renunciar", pediu Dilma aos jornalistas.
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Dilma disse também que ninguém tem direito de pedir a renúncia de um presidente eleito pelo povo, que renúncia é um ato voluntário e afirmou que aqueles que estão sugerindo que ela abdique do cargo é porque sabem que não há motivo para que o pedido de impeachment contra ela prospere. "Por interesses políticos de quem quer que seja, por definições de quem quer que seja, eu não sairei desse cargo sem que haja motivo para tal", afirmou. "Solicitar a minha renúncia é reconhecer que não há base para impeachment".
A presidente citou a época da ditadura, lembrou de ter sido presa e disse que é preciso preservar as conquistas da democracia. "Eu fui presa, torturada, e eu tenho respeito pelo povo brasileiro, pelo voto que me deram. Acredito que represento o povo brasileiro, que não é resignado, mas lutador e combatente", afirmou. "Aqueles que pretendem a minha renúncia deviam proceder de acordo com a Constituição".
Dilma frisou que a Constituição garante a independência dos poderes e o respeito aos cidadãos e que "se desrespeitarem o direito de uma presidente, desrespeitarão o direito de todos os brasileiros".
A presidente afirmou ainda que "é impossível" aqueles que conhecem sua trajetória achar que ela se resignaria "diante de desrespeito à lei". "Acham que estou com cara de quem está resignada? Eu não estou resignada diante de nada e não tenho essa atitude diante da vida."