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Ex-presidente Lula deve aceitar ministério

Para interlocutores do Palácio do Planalto há 99% de chance de o ex-presidente assumir cargo

Da editoria de Política
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Publicado em 14/03/2016 às 20:15
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Para interlocutores do Palácio do Planalto há 99% de chance de o ex-presidente assumir cargo - FOTO: Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
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Ganha força em Brasília o rumor de que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) pode assumir o ministério da Casa Civil, liderado por Jacques Wagner, ou a Secretaria de Governo, sob o comando de Ricardo Berzoini. As pastas integram o chamado "núcleo duro" do governo.

A cúpula do governo, a presidente Dilma Rousseff (PT) e deputados da base aliada participaram de reunião nesta segunda-feira (14) para colocar na balança os prós e contras da nomeação. Fonte ligada ao Palácio do Planalto saiu da reunião e disse que há “99% de chance” de o ex-presidente assumir o cargo federal. O convite já foi feito. 

Segundo interlocutor do Palácio do Planalto, a dificuldade é convencer a opinião pública de que Lula está embarcando no governo Dilma para ajudá-la, e não para fugir do juiz Sérgio Moro, que tem sido muito rigoroso no comando das investigações da Lava-Jato.

A pressão para Lula assumir um ministério aumentou após as manifestações contra ele e Dilma neste domingo (13). Caso entre no ministério, segundo deputados do PT, Lula ganha foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-presidente deve viajar a Brasília para conversar com a petista nesta terça-feira (15).

Durante a reunião, relata um deputado governista, foram apontadas duas vertentes antagônicas. A leitura é que o lado ruim da nomeação do ex-presidente é o fato de a opinião pública apontar que houve intervenção do governo e que a presidente Dilma Rousseff passará a ter papel de coadjuvente no cenário político. "Vão dizer que é semipresidencialismo", explicou uma fonte à reportagem.

Mas, a balança pende favoralvelmente para que o ex-presidente Lula assuma a pasta pela influência que ele ainda exerce no Congresso Nacional. Seria uma solução para a dificuldade de governabilidade que paira sobre o governo federal, pontuou um interlocutor do Palácio do Planalto.


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