O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), pediu que o juiz Sérgio Moro apresente informações sobre a prisão do marqueteiro do PT João Santana. A defesa do publicitário entrou com pedido para que a Suprema Corte anule sua prisão.
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Santana está preso desde 23 de fevereiro, quando foi deflagrada a 23ª fase da Operação Lava Jato, denominada Acarajé. A força-tarefa da Lava Jato investiga supostos pagamentos de US$ 3 milhões ao marqueteiro pela Odebrecht em paraísos fiscais para financiar campanhas eleitorais do PT.
A defesa de Santana questiona a autoridade de Moro para conduzir as investigações. A alegação é de que "se trata de apurar a ocorrência de possíveis crimes eleitorais, que envolvem, ao que tudo indica, autoridades detentoras de prerrogativa de foro".
De acordo com os advogados do marqueteiro, as investigações sempre tiveram como objetivo as campanhas eleitorais do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff. Por isso, deveriam ser examinadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e não pela Justiça Federal do Paraná.
Moro também decretou a prisão temporária de Mônica Moura, mulher e sócia de Santana na empresa Polis Propaganda e Marketing, que fez as campanhas de Dilma em 2010 e 2014.
O nome de Mônica apareceu para os investigadores durante busca e apreensão em endereço do lobista Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro de Cingapura que prestou serviços à Petrobras. O executivo seria o operador da propina paga pela empresa no país.
A Keppel Fels firmou contratos com a Petrobras entre 2003 e 2009 no valor de US$ 6 bilhões. Skornicki também foi preso preventivamente durante a Operação Acarajé.