Alguns deputados da oposição abandonaram o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta quarta-feira (16) ainda durante o julgamento dos embargos protocolados pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), questionando o rito do impeachment estabelecido pela Corte. Com os votos contra os recursos de pelo menos cinco ministros do STF, os opositores deixaram o plenário do Supremo, onde assistiam ao julgamento, e voltaram para a Câmara.
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Na Casa, os parlamentares opositores deram entrevista coletiva no Salão Verde e acusaram o Supremo de "intervir" no centro de outro poder. Em tom exaltado, o líder do DEM na Casa, Pauderney Avelino (AM), pediu que as pessoas procurem seus deputados para pressioná-los a votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Apesar das críticas ao STF, os líderes da oposição afirmaram que vão continuar defendendo celeridade no julgamento do impedimento da petista no Congresso.
No recurso protocolado no STF, Cunha questionou os três principais pontos do rito do impeachment estabelecidos pelo STF em dezembro: que a comissão especial que dará parecer no processo deve ser eleita por voto aberto, que não serão aceitas chapas avulsas para escolha do colegiado e que o Senado pode não aceitar a abertura do processo de impeachment mesmo que a Câmara tenha votado pela abertura. A expectativa da oposição era de que o STF mudasse de ideia pelo menos sobre a chapa avulsa.