Líderes do PPS, DEM, PSDB e Solidariedade pretendem encaminhar na tarde desta quinta-feira (17) à Procuradoria Geral da República (PGR) uma representação solicitando a abertura de inquérito contra a presidente Dilma Rousseff. Para a oposição, a petista pode ser enquadrada na prática de crimes de prevaricação, fraude processual e favorecimento pessoal ao nomear o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil.
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Os oposicionistas acreditam que se as investigações resultarem em denúncia acolhida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a petista pode ser afastada do cargo em 180 dias. "O ato de nomeação de Lula, por si só, já caracteriza clara obstrução da Justiça. E isso ficou ainda mais claro nas gravações divulgadas na quarta-feira, 16, que mostram Dilma combinando com Lula o desfecho de um crime contra a Justiça e contra o povo brasileiro Tenho certeza que o Ministério Público Federal cumprirá sua missão", afirmou, por meio de nota, o líder do PPS, Rubens Bueno (PR).
Na representação, os deputados afirmam que Dilma nomeou Lula como ministro-chefe da Casa Civil "não pelo seu mérito e sua suposta contribuição para o governo, mas apenas para a utilização do cargo como subterfúgio para o deslocamento de competências estabelecidas pela Constituição Federal".
Os parlamentares alegam que as gravações divulgadas na quarta, mostram que a intenção da petista era nomear Lula para obstruir a Justiça. Além de Rubens Bueno, assinam a representação os líderes do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), do DEM, Pauderney Avelino (AM), do Solidariedade, Genecias Noronha (CE), e da minoria, Miguel Hadadd (PSDB-SP).