Em novo grampo tornado público nos autos da Operação Aletheia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversa com uma pessoa a quem chama de Roberto - supostamente seu advogado e compadre Roberto Teixeira - sobre a denúncia que o Ministério Público de São Paulo apresentou contra ele, semana passada, por crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no caso tríplex, o apartamento no Condomínio Solaris, no Guarujá, que Lula nega ser dele.
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A denúncia foi apresentada à Justiça paulista pelos promotores Cássio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique de Araújo. Eles também pediram a prisão do ex-presidente, mas a juíza da 4 ª Vara Criminal da Capital remeteu o caso para o juiz Sérgio Moro, da Lava Jato.
"Ô Roberto", diz Lula.
"Fala meu compadre", responde o interlocutor.
"Tudo bem querido?
"Tudo bem, tudo em ordem. Chegou agora?", pergunta Roberto ao ex-presidente, que vai direto ao assunto. "Fazer só uma pergunta. Que palhaçada que é essa que o Ministério Público de São Paulo me denunciou?"
"Então, soube disso agora, aquele Canserino (Roberto Conserino), lembra?. A informação que nós tivemos foi agora. Esse processo não é eletrônico, entende. A gente não consegue acessar, entende Então vamos esperar até amanhã prá ver o que acontece. Parece que teria sido por lavagem."
"É lavagem de dinheiro", emenda Lula. "Alguma m... que ele fez. A gente sabia que ele ia fazer uma m.. . Isso era claro tanto que nem fomos lá depor naquela altura porque ele tinha feito juízo de valor pra Veja dizendo que ia denunciar."