O ministro-chefe da Casa Civil, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, encerrou na noite desta sexta-feira (18), seu discurso para a multidão que tomou a avenida Paulista em São Paulo. Lula afirmou que perdeu "várias eleições", mas em nenhum momento foi "para rua protestar contra quem ganhou", afirmou, destacando que "tem gente neste País que fala em democracia da boca para fora".
Leia Também
"Faz um ano e três meses que eles (a oposição) estão atrapalhando a presidente Dilma a governar", diz Lula. "Tentar antecipar eleições é um golpe contra a Dilma. Lutamos para conquistar a democracia e não vamos aceitar", afirmou e, em seguida, entoou o grito de ordem "Não vai ter golpe" junto com os manifestantes. "Nós lutamos para derrubar o regime militar e não vamos aceitar golpe", disse.
Lula afirmou que os manifestantes que estão na Paulista na noite dessa sexta-feira "são aqueles que produzem o pão de cada dia do brasileiro" e que "sabem o que é subir um degrau na vida". "As pessoas que estão aqui sabem o que é para um jovem sem esperança fazer um curso técnico", afirmou.
Ao finalizar o discurso, Lula pediu para os manifestantes pró-governo não aceitarem provocações, a fim de evitar confrontos. "Tem gente que prega a violência contra nós todo dia", disse.
Lula deixou o local cercado de seguranças. Também participaram do ato o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha.
Antes do discurso de Lula, Haddad afirmou que o ato de hoje não é em defesa de um governo, de um partido, de um homem ou de uma mulher. "É um ato em defesa da democracia, independentemente da sua orientação ideológica", disse.