Após o Itaquerão ser citado na 26ª fase da operação Lava Jato, nesta terça-feira, o Corinthians se pronunciou por meio de nota oficial e afirmou que irá apurar se houve, de fato, pagamento de propina ao vice-presidente do Corinthians, André Luiz de Oliveira, conhecido como André Negão.
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O dirigente é suspeito de ter recebido R$ 500 mil da Odebrecht, construtora do estádio. André Negão foi preso em flagrante nesta terça-feira, mas foi por porte ilegal de armas. Às 6h, agentes da Polícia Federal foram a sua casa no Tatuapé com a missão de conduzi-lo coercitivamente para depor na Superintendência da Corporação, na Lapa. Durante as buscas em sua residência, os federais encontraram uma arma de fogo, sem licença.
Porém, seu nome apareceu numa planilha de contabilidade secreta de propinas da Odebrecht, segundo apontou a PF na Operação Xepa, a nova fase da Lava Jato. Na planilha, André Luiz de Oliveira está ligado a "uma anotação de um possível pagamento" no endereço Rua Emilio Mallet, em São Paulo, "a ser liquidado na data de 23 de outubro de 2014, no valor de R$ 500 mil, com a anotação do telefone".
O Corinthians se manifestou no início desta tarde em resposta à investigação. "O Sport Club Corinthians Paulista atesta por meio desta que quaisquer irregularidades ou desvios de conduta, constatados por autoridades ou não, serão devidamente apurados, e a instituição tomará todas as providências a si cabíveis para punir os responsáveis, bem como diligenciar para que todos os prejuízos causados ao clube e à Arena Corinthians sejam ressarcidos", declarou o clube.
Palco da abertura da Copa do Mundo, o estádio que foi inaugurado em 2014 custou cerca de R$ 1,2 bilhão e está sendo pago, em parte, com financiamento do BNDES.