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Em princípio, não houve irregularidade no grampo de Lula, analisa presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República

Para José Robalinho Cavalcanti, havia indícios suficientes para que a interceptação telefônica fosse realizada

Da editoria de Política
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Publicado em 23/03/2016 às 13:02
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O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho Cavalcanti, analisa que não houve ilegalidade nas ações tomadas pelo juiz de primeira instância Sérgio Moro na Operação Lava Jato. Para ele, as interceptações telefônicas do ex-presidente Lula não foram irregulares.

Segundo ele, havia indícios suficientes para que o grampo fosse feito. “A gravação foi feita dentro de um processo cuja justa causa da investigação não se discute. Ela foi depois liberada para o público também pelo juiz da causa. Em princípio, não houve qualquer ilegalidade”, grifou nesta quarta-feira (23), em entrevista à Rádio Jornal. “Não estamos falando de um grampo ou interceptação telefônica causada por um terceiro, por uma pessoa que não está dentro do sistema judicial. Isso muda tudo”, acrescentou Robalinho.

O procurador rebate que esteja havendo corporativismo entre os profissionais envolvidos na operação. “Acho que, nesse momento, os procuradores da República e os policiais federais estão buscando agir da melhor forma, da maneira mais estável para ajudar o Brasil a sair de um momento muito difícil”, grifou.

Uma ressalva importante apontada pelo procurador, porém, é de que o áudio que poderia incriminar a presidente Dilma Rousseff, no qual ela aparece falando de um documento para Lula assinar, já não se encaixa nesse argumento. Ele aponta que, no momento da gravação com Dilma, Lula já havia sido nomeado para ser ministro e a decisão de encerrar a interceptação telefônica já havia sido tomada por Sérgio Moro.

OUÇA A ÍNTEGRA DA ENTREVISTA:

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