Lideranças partidárias estão reunidas na manhã desta terça-feira (29) para tentar fechar um acordo sobre procedimentos e primeiros requerimentos de convite e convocação para a Comissão Especial que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Governo e oposição tentam definir dois nomes indicados por cada lado para depor no colegiado nos próximos dias.
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Do lado a favor do impeachment, o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), defende que uma das audiências seja marcada para ouvir a jurista Janaína Paschoal, uma das signatárias do pedido que culminou no processo contra a petista, ao lado de Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr. Do lado do governo, os líderes Leonardo Picciani (RJ) e Afonso Florence (PT) tentam emplacar outros nomes que ainda não foram sinalizados. O deputado Paulo Teixeira (SP) não quis antecipar nomes e disse que irá consultar o Palácio do Planalto.
Regras
Também participa da discussão o presidente da comissão, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que deixou a liderança do partido para se dedicar à nova função. Na segunda-feira (28), Rosso - que já avisou que não vai permitir uma “carnificina política” nos debates do colegiado - se encontrou com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, Rosso e o relator do processo, Jovair Arantes (PTB-GO), afirmaram que vão cumprir a Constituição e as regras do rito que foram definidas pelo Supremo. Depois da conversa com o ministro Luís Roberto Barroso, visitado no mesmo dia, o próprio juiz garantiu que o STF não vai mudar a decisão que for tomada pelo plenário da Câmara dos Deputados sobre a admissão do processo de impedimento.