Quebra de decoro

Conselho de Ética falará com Moro sobre liberação de testemunhas contra Cunha

Algumas testemunhas estão em prisão domiciliar e outros seguem presos

Do Estadão Conteúdo
Cadastrado por
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 01/04/2016 às 22:24
Foto: Agência Brasil
Algumas testemunhas estão em prisão domiciliar e outros seguem presos - FOTO: Foto: Agência Brasil
Leitura:

A cúpula do Conselho de Ética na Câmara marcou audiência para a próxima terça-feira (5), na Justiça Federal do Paraná para pedir que o juiz federal Sérgio Moro autorize o depoimento das testemunhas arroladas no processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A reunião em Curitiba será fechada.

Nesta semana, o relator do processo disciplinar, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), apresentou seu plano de trabalho para a fase de instrução do processo e pediu para que fossem ouvidos como testemunhas de acusação o doleiro Alberto Youssef e os lobistas Júlio Camargo e Fernando Soares, o Fernando Baiano. Rogério também decidiu convidar o ex-dirigente da BR Distribuidora João Augusto Henrique, Leonardo Meirelles, ligado a Youssef, o ex-gerente da Área Internacional da Petrobras Eduardo Vaz Musa, além do próprio representado. O colegiado não tem força de convocação, portanto as testemunhas são livres para recusar o convite.

Além do relator, devem participar da audiência com Moro o presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA), e o vice-presidente do Conselho, Sandro Alex (PPS-PR). Outros conselheiros também podem integrar a comitiva, entre eles o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), adversário de Cunha na Casa. Delgado afirma que a colaboração das testemunhas será importante para o andamento do processo contra o peemedebista. "Depois das delações, as pessoas podem ter disposição para falar. Então que elas colaborem", disse ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado. 

Os conselheiros vão pedir para que Moro acelere a liberação das testemunhas. Alguns estão em prisão domiciliar e outros seguem presos. "Queremos brevidade nisso. Podemos ouvi-las em dois dias", afirmou Sandro Alex.


Últimas notícias