IMPEACHMENT

Comissão do impeachment inicia última sessão de trabalho

O ministro José Eduardo Cardozo, da Advocacia Geral da União, está presente e fará a defesa da presidenta

Da ABr
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Publicado em 11/04/2016 às 11:17
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O ministro José Eduardo Cardozo, da Advocacia Geral da União, está presente e fará a defesa da presidenta - FOTO: Foto: Reprodução/TV Câmara
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Com quase uma hora de atraso, a comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff iniciou a última sessão de trabalho, 25 dias depois de ser instalada.

Acompanhe ao vivo a sessão:

O ministro José Eduardo Cardozo, da Advocacia Geral da União, faz a defesa da presidenta. Há 62 parlamentares na reunião. Nesta segunda-feira (11), os 25 líderes de partidos com representação na Casa têm a palavra por cinco ou dez minutos, dependendo do tamanho da bancada, antes de encaminhar a votação.

A sessão estava marcada para às 10h mas, por volta das 9h, mais de 15 parlamentares já ocupavam a sala e, antes mesmo de os trabalhos começarem, um desentendimento na fila de inscrição e presença já indicava o clima que deve dominar os debates.

Na comissão, qualquer resultado depende de maioria simples dos 65 titulares e, independente de ser ou não aprovado, o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao impedimento de Dilma, terá que ser analisado pelo plenário, 48 horas depois de lido na primeira sessão plenária após a votação na comissão e publicado no Diário Oficial da Câmara.

Por mais de 13 horas, na última sexta-feira e madrugada de sábado, 61 dos 116 deputados inscritos para falar debateram o parecer. Nos discursos, 39 parlamentares defenderam o parecer de Arantes pela legalidade dos argumentos contidos na denúncia do processo de impeachment. Outros 21 se posicionaram contrários ao texto. PT, PDT e Psol anunciaram que vão apresentar votos em separado contrários ao relatório.

O pedido de impeachment da presidenta foi acatado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no dia 2 de dezembro do ano passado. No documento, os advogados Helio Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior pedem o afastamento da presidenta evocando as pedaladas fiscais de 2014 apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Os autores do pedido dizem também que Dilma cometeu crime de responsabilidade ao editar seis decretos autorizando despesas extras em um cenário de restrição fiscal e ao, suspostamente, repetir as pedaladas fiscais em 2015, já no exercício do novo mandato.

O governo rebate os argumentos, afirmando que as contas de 2015 sequer foram apreciadas pelo TCU e pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional e que, portanto, não se pode falar na possibilidade de crime de responsabilidade.

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