Em reunião do colégio de líderes realizada na tarde desta terça-feira (12), o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) definiu que a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff começará às 14 horas de domingo no plenário da Casa. O encerramento é estimado para acontecer por volta das 19h30 do domingo (17). A chamada começará por parlamentares do Sul e terminará com os das regiões Nordeste e Norte.
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A definição ocorreu após duas reuniões entre Cunha e aliados, uma na última segunda-feira (11), à noite, e outra nesta terça, no começo da tarde. Ficou definido que serão seguidos os moldes da votação de 1992, no processo de impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. A exceção ficará por conta da ordem de votação.
Os parlamentares da base governista defendem que a votação siga a ordem alfabética, para evitar a adesão de indecisos ao chamado "voto útil", mas, a votação será iniciada por parlamentares do Sul, seguidos dos representantes do Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste e Norte. O parlamentar que não estiver presente no plenário na hora que for chamado, seu nome será anunciado novamente no final da votação.
A próxima sexta-feira (15), será dedicada à discussão da matéria. A sessão será aberta às 8h55. Das nove ao meio dia estarão abertas as inscrições individuais de parlamentares que desejem se manifestar no plenário, com 25 minutos dedicados à fala da acusação e o mesmo tempo para a defesa.
Em seguida é dedicado o tempo de uma hora para cada partido se manifestar, seguindo a ordem de maior para menor bancada. Este tempo poderá ser dividido por até cinco parlamentares de cada legenda. A previsão é que a sessão de sexta termine em horário próximo à meia noite.
A sessão de sábado é retomada às 11 horas, onde será reiniciada a discussão com a manifestação de parlamentares que se inscreveram no dia anterior. Cada um terá até três minutos para se manifestar.
No domingo, a sessão começa às 14 horas, com a manifestação dos líderes para orientação das bancadas. Em seguida é iniciada a votação. "Há um entendimento de que o parlamentar use o tempo de 10 segundos para encaminhar seu voto", afirmou o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE).