Ex-ministro dos Transportes no governo Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado Alfredo Nascimento (PR-AM), anunciou seu voto a favor do processo do impeachment da presidente Dilma Rousseff e, ao mesmo tempo, renunciou ao mandato de presidente nacional do partido que decidiu apoiar a presidente. “Meu voto pertence ao povo do Amazonas e, majoritariamente, o povo do meu estado vota pelo impeachment”, afirmou.
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O Amazonas foi o oitavo estado a ser chamado para que os deputados de todos os partidos com representação informassem individualmente suas posições sobre o pedido e votou em peso, com oito deputados, no sim ao impeachment. A votação começou pouco depois das 17h. Antes do Amazonas, pelo Mato Grosso do Sul, cinco deputados foram favoráveis ao processo contra três contra o impeachment.
A aprovação depende do voto de 342 deputados (2/3 dos 513) a favor do parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que recomenda a abertura de processo contra Dilma. O relator considerou que houve crime de responsabilidade da petista por editar decretos de crédito suplementares sem autorização do Congresso e pelo atraso de pagamentos que ficou conhecido como pedaladas fiscais. Se o processo for admitido, o julgamento da presidente será conduzido pelo Senado.
A votação está ocorrendo individualmente. Conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) em sessão na última sexta-feira (15), a votação seguirá conforme o regimento interno da Câmara, com chamada alternada de deputados da Região Norte para a Sul.
Em cada estado, ela será nominal e por ordem alfabética. O último a votar será o deputado Ronaldo Lessa (PDT-AL). O PDT fechou questão no apoio à presidenta Dilma e já anunciou que irá expulsar os infiéis.
O primeiro voto foi de Washington Reis (PMDB-RJ), que estava doente, e teve prioridade na votação, dando o primeiro aval à continuidade do processo. Abel Mesquita Jr (DEM-RR), conhecido como Abel Galinha, abriu a votação por Roraima, primeiro estado da lista. O parlamentar, que já tinha se declarado favorável ao processo, confirmou sua posição. Foram sete votos a favor e o único voto contrário pelo estado foi o de Édio Lopes (PR).
O Rio Grande do Sul fechou com placar de 22 votos a favor, oito contra e a abstenção do deputado Pompeo de Matos (PDT). Pompeo esclareceu que não poderia votar a favor do processo por determinação do partido. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informou que fará a primeira chamada imediatamente depois da primeira. Se o parlamentar não estiver presente não poderá mais se manifestar.
Santa Catarina fechou com 14 votos favoráveis e dois contrários. No Amapá, o governo teve maior apoio com três votos pelo impeachment, quatro contra e uma abstenção. Pelo Pará, dez parlamentares votaram a favor do impeachment, contra seis e uma abstenção.