Um dia após a Câmara aprovar a admissibilidade do processo de impeachment, a Executiva Nacional do PDT autorizou nesta segunda-feira (18), a abertura de processo de expulsão dos seis deputados do partido que votaram a favor do impedimento da presidente Dilma Rousseff.
Os processos foram abertos contra os deputados Flávia Morais (GO), Giovani Cherini (RS), Hissa Abrahão (AM), Mário Heringer (MG), Sérgio Vidigal (ES) e Subtenente Gonzaga (MG). Apesar de o partido ter fechado questão contra o impeachment, só 13 dos 19 deputados do PDT votaram com o governo neste domingo.
Os seis dissidentes já tiveram a "expulsão política" aprovada pela direção do partido em reunião nesta manhã, considerada a primeira etapa do processo. Segundo o presidente do PDT, Carlos Lupi, a partir de agora, a comissão de ética do partido vai começar seu processo e elaborar um parecer.
Pelos cálculos de Carlos Lupi, o processo no colegiado deve durar todo o mês de abril. Em seguida, a Executiva Nacional do partido deverá votar o parecer da comissão de ética em reunião já marcada pelo presidente da legenda para o próximo dia 30 de maio.
O dirigente diz não estar preocupado em perder seis deputados. "Você não perde aquilo que não é teu", disse. "A gente aparenta perder, mas com o tempo ganha. Ontem, todos que comemoraram a derrota da presidente Dilma serão amanhã os grandes derrotados", emendou.