Isenção

PT não aceita Anastasia para relatoria do impeachment e pode judicializar decisão

'O relator tinha que ser uma pessoa imparcial, que tivesse essa característica de dialogar com todos os lados' disse Lindbergh Farias

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 20/04/2016 às 21:58
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'O relator tinha que ser uma pessoa imparcial, que tivesse essa característica de dialogar com todos os lados' disse Lindbergh Farias - FOTO: Foto: Ministério da Justiça
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Os senadores do PT estão insatisfeitos com a indicação de Antonio Anastasia (PSDB-MG) para a relatoria do processo de impeachment de Dilma Rousseff no Senado. Eles exigem um nome mais "isento" e afirmam que podem levar a decisão para a Justiça.

"O PT não concorda com Anastasia. O relator tinha que ser uma pessoa imparcial, que tivesse essa característica de dialogar com todos os lados, que estivesse aberta à formação de uma convicção", disse Lindbergh Farias (PT-RJ).

O senador não descartou a hipótese de judicializar o processo. "Vamos estudar ainda a questão da Justiça. Mas o fato é que a gente quer na negociação, até segunda-feira, convencer importantes setores dessa Casa, do PMDB, da tese da imparcialidade", disse.

Mais cedo, o advogado-geral da União, Eduardo Cardozo, que é responsável pela defesa da presidente, também não negou que levar determinadas conduções do processo de impeachment para a Justiça seja uma opção.

Lindbergh afirmou que o partido concorda com a indicação de Raimundo Lira (PMDB-PB) para a presidência justamente por ele reunir essas condições e classificou a indicação como uma "vitória" para o governo. "Com o Anastasia, já sabemos que vem um relatório a favor do impeachment", reclamou.

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