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Jucá nega distribuição de cargos em eventual governo Temer

''Cargo não é o ponto principal desta questão. A conversa que nós tivemos com os partidos foi sobre o futuro", disse o senador

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Publicado em 26/04/2016 às 11:17
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''Cargo não é o ponto principal desta questão. A conversa que nós tivemos com os partidos foi sobre o futuro", disse o senador - FOTO: Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados
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O senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que, apesar de o vice-presidente Michel Temer estar recebendo a visita de diversos políticos, não houve nenhuma conversa em relação à distribuição de cargos caso ele venha a assumir a Presidência da República.

"Cargo não é o ponto principal desta questão. A conversa que nós tivemos com os partidos foi sobre o futuro. Estamos construindo um programa que, sendo em comum, será a base desta aliança de reconstrução que o Brasil precisa passar", disse. O senador reafirmou sua posição contrária à reeleição e disse que, caso Temer venha a assumir a cadeira presidencial, não deve disputar um novo pleito em 2018.

Jucá afirmou ainda que um eventual governo Temer não deve aumentar impostos nem cortar programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. "O presidente Temer deve trabalhar com o tripé de retomada da credibilidade do governo, da segurança jurídica e da previsibilidade para recuperar a economia".

Jucá, que foi líder do governo no Senado durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff, afirmou que as chamadas "pedaladas" são crimes fiscais. "Outros governos ficaram no negativo eventualmente, mas a Dilma desequilibrou o fiscal", afirmou.

O senador declarou que a tese levantada pelo PT sobre novas eleições é uma "jogada diversionista para esquecerem as pedaladas fiscais". "Está fora da Constituição, é golpe, é tentativa de anular a regra. Temer assume porque o vice-presidente assume e conclui o mandato. Acabar com o mandato porque perdeu o jogo, me desculpe", disse.

Lava Jato

Jucá afirmou que o PMDB apoia as investigações sobre corrupção e alegou diferenças entre a relação do PT e de seu partido com a Lava Jato. "O PT está na Operação Lava Jato com o CNPJ do partido. Do PMDB algumas pessoas foram mencionadas. Não há demérito em ser investigado. O demérito é ser condenado. O PMDB não está como partido sendo investigado. Pessoas do partido foram investigadas e devem se esclarecer", declarou.

O senador ainda disse que o impeachment de Dilma Rousseff não é um "jogo ganho" e que a chegada de Michel Temer à Presidência da República seria "uma saída para a classe política se redimir".

Entretanto, Jucá afirmou que é preciso ser "comedido e responsável". "Não está definido, está bem encaminhado e vai depender dos votos dos senadores. Eu torço para que haja afastamento, mas entre a minha torcida e a realidade existe um certo tempo", disse.

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