Venezuela

Chavismo descarta represálias a quem assinou referendo contra Maduro

A oposição, que controla o Parlamento, informou ter recolhido 2,5 milhões de assinaturas em todo o país

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Publicado em 02/05/2016 às 17:52
Foto: FEDERICO PARRA / AFP
A oposição, que controla o Parlamento, informou ter recolhido 2,5 milhões de assinaturas em todo o país - FOTO: Foto: FEDERICO PARRA / AFP
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O governo venezuelano descartou nessa segunda-feira (2) represálias contra as pessoas que assinaram pela ativação do referendo revocatório do mandato do presidente Nicolás Maduro.

Questionado por jornalistas sobre possíveis represálias, Jorge Rodríguez, coordenador da comissão designada por Maduro para verificar a autenticidade das assinaturas, assegurou que o governo garante "o direito a viver em democracia" daqueles que assinaram.

Advertiu, entretanto, que o chavismo não permitirá o "jogo duplo" de invocar um mecanismo constitucional para tirar Maduro do poder e pressionar com violência a validação das assinaturas.

"(Os opositores) se mantêm dentro dos canais democráticos ou vamos solicitar que os procedimentos fiquem suspensos até que voltem ao canal democrático", afirmou Rodríguez em frente à sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em Caracas.

Rodríguez informou que irá "revisar as assinaturas uma por uma".

A plataforma de partidos "Mesa da Unidade Democrática" (MUD) entregou nesta segunda-feira 1,85 milhão de assinaturas ao CNE para pedir a ativação do revocatório.

A oposição, que controla o Parlamento, informou ter recolhido 2,5 milhões de assinaturas em todo o país, 13 vezes mais do que as 195.721 (1% do padrão eleitoral) exigidas pelo CNE para solicitar o início do processo.

O Poder Eleitoral deverá constatar em cinco dias o número de assinaturas e depois chamar as pessoas que assinaram para ratificarem seu apoio com a digital em outros cinco dias. Após a validação, seria autorizada a coleta das quatro milhões de assinaturas exigidas para convocar o referendo.

Rodríguez reiterou o que Maduro disse no último domingo em relação ao referendo: "É uma opção, não uma obrigação". 

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