ARRECADAÇÃO

Deputado aliado afirma não fazer o que Paulo Câmara quiser

Miguel Coelho (PSB) contestou a venda de terrenos públicos proposta pelo governador

JC Online
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Publicado em 06/05/2016 às 13:29
Foto: João Bita/Alepe
Miguel Coelho (PSB) contestou a venda de terrenos públicos proposta pelo governador - FOTO: Foto: João Bita/Alepe
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A decisão do governo de Pernambuco de leiloar terrenos para ajudar na arrecadação das contas públicas tem gerado polêmica até mesmo entre os aliados do governador Paulo Câmara (PSB). Em entrevista à Rádio Jornal, o também socialista e deputado estadual por Petrolina Miguel Coelho afirmou que não vai "fazer o que ele (Câmara) quiser".

A venda de terrenos públicos divulgada há poucos dias por este JC é uma alternativa para o Estado tentar manter o equilíbrio das contas públicas em meio ao cenário de crise da conjuntura econômica do País. De acordo com o governo, entre janeiro e março deste ano, comparado com o mesmo período do ano passado, a arrecadação do ICMS caiu 2,2% e o repasse federal do Fundo de Participação dos Estados (FPE) foi reduzido em 2,9%.

O projeto da venda de ativos, que faz parte do pacote anti-crise, lançado pelo governo no ano passado,ainda será apreciado pela Assembleia legislativa de Pernambuco (Alepe) mas já parece não agradar até mesmo os aliados de Câmara. "Sou aliado, mas não sou cego. Quero ajudar a entregar o plano de governo, porém não vou me vendar", garantiu o deputado Miguel Coelho.

O socialista ainda reforçou que Pernambuco vive um "momento delicado" e que sabe dos "cortes em diversos programas" a serem realizados.

Na última quarta-feira (4), o governo anunciou o leilão de dois terrenos localizados no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife. Com 13 mil m² e 15,6 mil m² de dimensões, as terras geram uma expectativa de arrecadação entre R$ 4 milhões e R$ 6 milhões. O loteamento Berenguer irá a leilão no próximo dia 18 deste mês.

 

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