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Não faz sentido ser rigoroso com Dilma e não com Delcídio, diz relator

"A falta de rigor poderia parecer corporativismo", disse o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES)

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Publicado em 10/05/2016 às 12:19
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"A falta de rigor poderia parecer corporativismo", disse o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) - FOTO: Foto: Agência Senado
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O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), relator do caso de Delcídio Amaral (sem partido-MS), acredita que o processo de cassação do ex-líder do governo na Casa possa ser encerrado ainda nesta terça-feira (10). A votação está prevista para o fim da tarde. "Não faz sentido sermos rigorosos com a presidente da República e não sermos com o senador", disse o senador em entrevista à Rádio Estadão. "A falta de rigor poderia parecer corporativismo", acrescentou, referindo-se ao provável impeachment de Dilma Rousseff, que será analisado nesta quarta-feira (11), pelo plenário do Senado.

O prosseguimento do processo de cassação de Delcídio foi avalizado nesta segunda pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O presidente da Casa, Renan Calheiros, intercedeu com o intuito de derrubar articulação feita pelo PSDB para suspender o processo.

Conforme Ferraço, a delação de Delcídio envolvendo Dilma "revela o nível de promiscuidade" dentro do governo. "O senador gozava de confiança e intimidade. As revelações agravam os crimes de responsabilidade da presidente Dilma e revelam a promiscuidade generalizada em que se transformou o governo", frisou, destacando que o ex-líder do governo teve "todo direito de defesa".

Ainda de acordo com Ferraço, o afastamento de Dilma é "uma necessidade inadiável", pois o "País não pode ficar exposto a esse nível de incerteza". Ele votará na quarta espera que a sessão do Senado seja encerrada ainda na quarta.

Ferraço também criticou a tentativa de anulação do impeachment de Dilma feita nesta segunda pelo presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA). "Ele não reúne condições de presidir a Câmara. Tomou decisões irresponsáveis e inconsequentes." Em sua avaliação, Maranhão tem de ser "interditado".

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