O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira, 10, que não tinha como confirmar a "lambança" da decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-AL), que ontem pela manhã havia se posicionado a favor de anular a votação que admitiu em 17 de abril a abertura do impeachment da Câmara.
Renan ignorou a decisão de Maranhão no meio da tarde - à noite, o próprio presidente da Câmara voltou atrás da sua decisão. "Como é que o presidente do Congresso Nacional, em um momento histórico, iria se submeter a referendar uma lambança de um presidente interino da Câmara dos Deputados?", alfinetou ele, numa rara entrevista no cafezinho do Senado, local contíguo ao plenário em que não se costuma ocorrer entrevistas.
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Questionado se não teria contrariado a presidente Dilma Rousseff ao não manter a decisão inicial de Maranhão, o presidente do Congresso afirmou que o governo "nunca teve dúvida" da isenção e do cumprimento do dever dele em suas funções. Renan disse, laconicamente, que é um "direito" de o governo recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar a votação de amanhã do afastamento de Dilma.
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Ao contrário do que é costume, ele chegou ao Senado e foi diretamente para o plenário, tendo sido parado pelos jornalistas no cafezinho. Geralmente ele dá entrevistas a caminho do seu gabinete.