Enquanto os senadores debatem a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário do Senado, no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer, a movimentação foi pequena nesta quarta-feira (11), ao contrário dos últimos dias. Temer passou pelo local no começo da noite, mas voltou a seu gabinete no anexo do Palácio do Planalto, de onde acompanha a sessão do Senado.
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Mais cedo, o ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, e o deputado federal Altineu Côrtes (PMDB-RJ) estiveram no Jaburu. Por volta das 17h, a mulher de Temer, Marcela Temer, e o filho chegaram à residência oficial.
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No Planalto, o ex-ministro da Aviação Civil e um dos principais articuladores políticos de Temer, Eliseu Padilha, disse que o vice-presidente está finalizando ajustes para dar posse à nova equipe ministerial amanhã (12), caso Dilma seja afastada pelo Senado.
“Tem muita coisa ainda. Vamos trabalhar agora à noite para concluir todos os atos que dizem respeito à posse dos novos ministros se o Senado aprovar [o afastamento de Dilma]. Não vai ter solenidade [de posse]. Terá uma reunião ministerial, em que o presidente dará posse”, explicou. Cotado para assumir a Casa Civil no novo governo, Padilha disse que Temer falará com a imprensa logo após a reunião.
O vice passou os últimos dias negociando a formação de sua equipe ministerial. Os escolhidos devem assumir os cargos amanhã, assim que Dilma for notificada do afastamento do cargo e Temer receber a comunicação de que está no comando do país.
Além da intensa movimentação de jornalistas em frente ao Palácio do Jaburu, manifestantes favoráveis ao impeachment passaram pelo local no fim da tarde buzinando e demonstrando apoio a Temer.