O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, ainda não liberou a sua decisão sobre o pedido do governo para anular o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A expectativa era que isso acontecesse antes do início da sessão no Senado, que começou com uma hora de atraso, por volta das 10h.
Leia Também
- Renan combinará com Dilma entrega de notificação se impeachment for aprovado
- Gleisi pede suspensão da sessão de impeachment, mas Renan nega
- Renan diz que não vai votar na sessão de impeachment
- Acompanhe ao vivo a sessão do Senado que vota o processo de impeachment de Dilma
- Batalha do impeachment também nas redes sociais
Na prática, os ministros não têm um prazo para deliberar sobre mandados de segurança impetrados na Corte, mas os recursos sobre o pedido de afastamento de Dilma têm sido tratados com prioridade pelo Supremo. Na terça, interlocutores de Teori haviam dito que o ministro passaria a noite elaborando o seu voto e que a decisão seria divulgada já no início da manhã. A informação desta quarta é que o parecer pode sair a qualquer momento.
Diante da demora do ministro, já se especula na Corte que Teori vá rejeitar a ação movida pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Se aceitasse o pedido de maneira monocrática, o mais provável é que levasse a questão para ser chancelada no plenário pelos demais ministros do Supremo, como aconteceu com o pedido de afastamento do então presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na semana passada.
Na ação impetrada na terça pelo governo, Cardozo sustenta que o Cunha, enquanto presidente da Câmara, cometeu "desvio de finalidade" ao aceitar o pedido de abertura do impeachment contra Dilma em dezembro do ano passado.
Entre outros aspectos, o advogado-geral da União acusa o peemedebista de agir por "vingança", já que ele deflagrou o processo contra Dilma no mesmo dia em que o PT sinalizou que votaria pela cassação dele no conselho de Ética da Câmara.