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Os altos e baixos do governo de Dilma Rousseff

A boa popularidade só se manteve no primeiro ano de governo, enquanto a economia ainda ia bem

Mariana Araújo
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Publicado em 12/05/2016 às 6:05
Foto: José Cruz/Agência Brasil
A boa popularidade só se manteve no primeiro ano de governo, enquanto a economia ainda ia bem - FOTO: Foto: José Cruz/Agência Brasil
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Os cinco anos e cinco meses de governo de Dilma Rousseff (PT) foram marcados por altos e (muito mais) baixos. O ineditismo de se ter uma mulher à frente do País contribuiu para crescer a popularidade. Dilma fez várias viagens internacionais no primeiro ano de governo, incluindo uma visita ao presidente norte-americano Barack Obama. Também foi a primeira mulher a fazer o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU.

No primeiro ano do mandato, em 2011, Dilma viveu sua primeira crise política. Seis ministros foram acusados de envolvimento em casos de corrupção. A presidente atuou com punho forte e colocou o grupo para fora do governo. Entre os ministros demitidos, estava Antonio Palocci, um dos homens fortes do PT. Na época, falou-se em uma “faxina ética”. A popularidade de Dilma atingiu 59%, o maior índice para o primeiro ano de mandato de um presidente, superando até mesmo Lula.

Mas enquanto enfrentava bons momentos na condução política, Dilma começou a enfrentar os primeiros problemas econômicos. O crescimento do PIB caiu de 7,5% em 2010 para apenas 2,7% em 2011. A desoneração de impostos levou ao déficit de 0,63% registrado em 2014. 

Em junho de 2013, o governo enfrentou uma série de protestos no País contra os gastos com a Copa do Mundo. A população questionava o valor aplicado nas obras e cobrava mais dinheiro para saúde, educação e transporte. Foi quando Dilma anunciou a criação do programa Mais Médicos e a destinação de um percentual maior dos royalties do pré-sal para a educação.

No ano da sua reeleição, em 2014, foi iniciada também a Operação Lava Jato e a investigação da compra da refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos. A reeleição apertada deixou o País dividido. A baixa popularidade de Dilma com medidas adotadas por Levy, como o pacote de ajuste fiscal, que incluía a redução de conquistas trabalhistas, cortes no orçamento e o alto índice de desemprego só fizeram encurralar a presidente. A Lava Jato chegava cada vez mais perto de nomes do PT, incluindo o ex-presidente Lula. Mais protestos pediam sua saída neste ano, enquanto a militância petista foi às ruas prestar apoio. Culminando com tudo isso, o PMDB, partido do vice Michel Temer, abandonou a base aliada do governo. Com a votação do impeachment na Câmara, ficou mais difícil para Dilma conseguir os votos que precisava para barrar o processo. E no Senado, o cenário se repetiu.

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