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São Paulo: Aliado de Alckmin tenta barrar criação da CPI da Merenda

Pedido de instalação da CPI da Merenda foi protocolado na semana passada com ampla adesão de parlamentares após a ocupação do plenário da Casa por estudantes

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Publicado em 18/05/2016 às 8:14
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Pedido de instalação da CPI da Merenda foi protocolado na semana passada com ampla adesão de parlamentares após a ocupação do plenário da Casa por estudantes - FOTO: Foto: ALESP
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Líder do PTB e aliado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), o deputado Campos Machado tentará anular o requerimento com o pedido de instalação da CPI da Merenda na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), protocolado na semana passada com ampla adesão de parlamentares após a ocupação do plenário da Casa por estudantes de escolas técnicas e estaduais. Na terça-feira (17), por 49 votos, deputados da base e da oposição aprovaram o regime de urgência do projeto que cria a Comissão Parlamentar de Inquérito, acelerando sua instalação. 

Segundo Campos, o requerimento da CPI foi assinado pelo presidente da Alesp, Fernando Capez (PSDB), o que é proibido pelo regimento interno. O tucano é um dos investigados pela Operação Alba Branca, da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual, por suspeita de integrar o esquema de superfaturamento e pagamento de propina em convênios da Cooperativa Agrícola Familiar para fornecimento de suco na merenda escolar para o Estado e 22 prefeituras. Ele nega.

O petebista, que se diz contrário à comissão porque o caso já é investigado pela polícia e pela Promotoria, questiona ainda o fato de a Alesp querer dar prioridade à CPI da Merenda em vez de outras comissões protocoladas antes, como a CPI do Detran, para investigar suposto esquema de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito. "O que é estranho é que de uma hora para outra todo mundo resolveu assinar a CPI, só por causa da invasão dos alunos Não pode ser assim. Até o presidente assinou, o que não pode. Talvez esse requerimento seja nulo", disse.

O projeto de resolução que cria a CPI deve começar a ser discutido nesta quarta-feira (18), no plenário, mas a tendência é que a comissão só seja instalada na semana que vem ou em junho por causa das obstruções que Campos pretende fazer. Os deputados discutem a proposta por até seis horas em duas comissões em plenário para depois votar o projeto. Se for aprovado, o presidente da Casa pede aos líderes que indiquem os parlamentares que farão parte da CPI e o integrante mais velho convoca a primeira reunião da comissão.

"CPI, em 99% dos casos, não serve para investigar nada, apenas para fins políticos. Voto a favor única e exclusivamente pela bancada do PSDB", disse o tucano Barros Munhoz. "Votamos nesta noite sobre pressão de meia dúzia de estudantes que invadiram essa casa", criticou Campos Machado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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