GRAVAÇÕES

Defesa de Jucá admite que ele conversou com Sérgio Machado

A defesa de Jucá confirmou o encontro, mas nega que o objetivo da conversa tenha sido traçar um plano para conter o avanço da Lava Jato

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Publicado em 23/05/2016 às 9:41
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A defesa de Jucá confirmou o encontro, mas nega que o objetivo da conversa tenha sido traçar um plano para conter o avanço da Lava Jato - FOTO: Foto: José Cruz/ Agência Brasil
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A defesa do ministro do Planejamento, Romero Jucá, confirma que ele teve um encontro com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, mas nega que o objetivo da conversa tenha sido traçar um plano para conter o avanço da Operação Lava Jato.

Segundo o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, a conversa entre os dois foi "totalmente republicana". Ele alega que o peemedebista jamais teve a intenção de interferir nas investigações sobre o esquema de corrupção em contratos da Petrobras.

Segundo Kakay, "juridicamente" não há "nenhuma gravidade" no que teor da gravação que foi divulgada pelo jornal Folha de S Paulo nesta segunda-feira, 23. "Em 1h15 de conversa, aquilo é o que virou notícia? Isso não nos preocupa em nada", disse.

Nas conversas, que estão em poder dos investigadores do esquema de corrupção na Petrobras e ocorreram semanas antes da votação da admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff no plenário da Câmara dos Deputados, Jucá disse, sem citar nomes, que tinha conversado sobre a necessidade de brecar a Lava Jato com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele disse que um governo Michel Temer deveria construir um pacto nacional com o STF.

"Tem que mudar o governo para estancar essa sangria", afirmou o atual ministro do Planejamento a Machado.

Tanto Jucá, que tem mandato de senador pelo PMDB de Roraima, quanto Machado, que tinha apoio político do partido para comandar a subsidiária da Petrobras, estão entre os alvos da operação. 

A suspeita de aliados do ministro é que a gravação tenha sido feita por Machado, que deve estar negociando um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. O ex-presidente da Transpetro teria passado a procurar líderes do PMDB porque temia que as apurações contra ele fossem enviadas ao juiz Sergio Moro, em Curitiba.

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