O dólar se firmou em queda ante o real durante a tarde desta quinta-feira (2), após iniciar o dia volátil em meio a ajustes. A pressão de baixa foi direcionada, internamente, pelo fluxo cambial positivo e pela possibilidade de o Senado antecipar o julgamento em plenário do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
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Do lado externo, segundo operadores de câmbio, a queda foi conduzida principalmente pela alta do petróleo e avaliações de que um aperto nos juros nos Estados Unidos pode ser adiado para julho. O presidente do Federal Reserve de Dallas, Robert Kaplan, que não vota nas decisões do Fed neste ano, ressaltou que o risco de saída do Reino Unido da União Europeia "pode" afetar a decisão de junho do Fed.
Há ainda uma expectativa ruim para o relatório de emprego oficial norte-americano, que será anunciado amanhã. Caso confirmado, o indicador ruim de geração de empregos reforça a tese de postergação de alta nos juros norte-americanos.
O dólar no mercado à vista fechou em queda pelo segundo dia seguido, cotado a R$ 3,5843 (-0,21%). No dia, oscilou de R$ 3,5785 (-0,37%) a R$ 3,6094 (+0,49%). O giro total movimentado somou cerca de US$ 1,046 bilhão.
No mercado futuro, às 17h18, o dólar para julho recuava 0,52%, aos R$ 3,6190. A mínima intraday foi de R$ 3,610 (-0,77%) e a máxima, a R$ 3,6435 (+0,15%). O volume financeiro com esse contrato somava cerca de US$ 9,900 bilhões.