O dólar recuou pela quinta sessão seguida ante o real e encerrou nesta terça-feira (7), no menor patamar desde 29 de abril. A onda de vendas foi direcionada pela alta das commodities e pelas perspectivas sobre os juros dos EUA, assim como pela percepção de que o Banco Central não deverá interferir tanto no mercado cambial na gestão de Ilan Goldfajn, deixando o dólar flutuar de acordo com as forças de mercado. Também contribuiu para o movimento a perspectiva em torno de emissões de bônus de companhias brasileiras no exterior.
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De acordo com especialistas, foi muito bem recebida a sinalização do economista indicado para o BC, Ilan Goldfajn, de que a instituição poderá recorrer ao uso de swap cambial reverso em momentos de maior pressão de baixa, com o objetivo de dar continuidade à redução do estoque de swap cambial tradicional.
Por 19 a 8 votos, a indicação de Ilan Goldfajn para a presidência do BC foi aprovada pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. A votação em plenário já começou.
Expectativas sobre emissões de bônus de companhias brasileiras no exterior também reforçaram o movimento de queda do dólar. A Vale anunciou nesta tarde que a demanda pelos bônus de 2021 lançados no exterior alcançou US$ 4,5 bilhões e a companhia emitiu US$ 1,25 bilhão com retorno de 5,875%. Além dessa operação, os profissionais do mercado estão atentos ainda a outras duas empresas que estão sondando o mercado de dívida externa.
O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que a Eldorado Brasil, de celulose, está em roadshow junto a investidores e se as condições do mercado estiverem favoráveis deve captar US$ 500 milhões. Já a Cosan encerra amanhã roadshow e pode igualmente emitir bônus para respaldar a recompra de bônus 2018 e 2023.
No fechamento do mercado à vista, o dólar foi cotado aos R$ 3,4474, com queda de 1,26%. A moeda chegou a ceder até R$ 3,4463 (-1,29%) nesta tarde - terceira menor mínima intraday deste ano, depois dos R$ 3,4389 durante a sessão de 11 de maio e dos R$ 3,4301 registrados em 29 de abril. Nos últimos cinco dias de quedas consecutivas, as perdas acumuladas estão em 4,53%. Às 17h58, o dólar futuro para julho recuava 1,42%, aos R$ 3,4660.