O governo do presidente em exercício Michel Temer negou à presidente afastada Dilma Rousseff pedido para providenciar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ela e seu staff viajarem, para Campinas, em São Paulo, onde ela visitaria o Projeto Sírius, de construção de um acelerador de partículas e participaria de um encontro com intelectuais.
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Essa é a primeira vez que o Planalto nega um pedido de avião feito pela petista, depois que a Subsecretaria de Assuntos Jurídicos (SAJ) da Casa Civil emitiu, na semana passada, um parecer regulamentando a decisão do Senado sobre os direitos de Dilma durante o afastamento. No item avião, ela tem direito apenas ao uso entre Brasília e Porto Alegre, onde reside sua família.
Na tarde desta segunda-feira, 6, a assessoria de Dilma encaminhou para o Gabinete de Segurança Institucional pedido da aeronave para a ida a Campinas, na Quinta-feira (9). Apesar de já existir uma regra, o procedimento do GSI é consultar o jurídico a cada pedido que chega. O de ontem foi negado.
O governo entende que ela só teria direito a aeronave se fosse para eventos oficiais e este foi o motivo pelo qual, oficialmente, permitiu que Dilma fizesse as viagens anteriores, que poderiam estar previamente marcadas. Depois que se afastou, Dilma já usou o avião da FAB para ir para casa e para dois eventos considerados partidários, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro.
Desde a semana passada, Temer decidiu partir para o confronto e enfrentar Dilma como adversária política. Além de cortar o avião para rodar o País, Temer restringiu o número de assessores e limitou o uso de Dilma ao Palácio da Alvorada, sem direito a usar, por exemplo, a Granja do Torto.
A assessoria da presidente afastada diz que ela "vai tomar as medidas necessárias para reverter os abusos cometidos pelo Palácio do Planalto, em todos os foros adequados". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.