Após mais de uma semana sumido, o presidente interino da Casa, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), reapareceu e decidiu presidir a sessão plenária desta quarta-feira (8) em que serão votadas matérias importantes, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2023. Será a primeira vez que o parlamentar maranhense comanda votações desde que assumiu o comando interino da Casa.
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Além da votação em segundo turno da PEC da DRU, estão na pauta de votações desta quarta-feira o projeto de reajuste dos servidores da Defensoria Pública da União (DPU) e os requerimentos para tramitação em regime de urgência do projeto de Lei Complementar que altera regras para nomeações em empresas estatais e fundos de pensão e do projeto de Lei que cria a Universidade Federal de Rondonópolis, no Estado de Mato Grosso.
Após o início da votação, Maranhão decidiu retirar o pedido de urgência do projeto de criação da universidade em Mato Grosso, após protesto de deputados. "Se não cumprir o acordo, vamos para obstrução e vamos para cima do senhor", disse o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que criticou a proposta de criar uma universidade "com o Brasil quebrado". Ele se referia a acordo feito ontem por líderes partidários para priorizar a votação da DRU hoje.
Desde que assumiu o comando interino da Câmara, Maranhão chegou a presidir duas sessões da Câmara, mas não houve votações em nenhuma delas. A primeira foi no dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu afastar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Casa. A segunda, quando Maranhão abriu a sessão e foi alvo de várias críticas de deputados do DEM, PSDB e PPS, que são contra sua presidência interina.
Para diminuir a pressão pela sua saída, Maranhão aceitou a solução de "Rainha da Inglaterra". Ele permanecia oficialmente como presidente interino da Câmara, mas o comando de fato da Casa ficaria com outros membros da Mesa Diretora. Desde então, as sessões plenárias estavam sendo presididas pelo 2º vice-presidente da Casa, deputado Fernando Giacobo (PR-PR), ou pelo 1º secretário da Mesa, deputado Beto Mansur (PRB-SP).