O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, elogiou a Lava Jato, destacando que tem papel "inestimável" hoje para o País, mas afirmou que a operação precisa "caminhar rumo a uma definição final". Em almoço-debate com empresários, o ministro destacou a situação na Itália, que sofreu com instabilidades por causa da operação Mãos Limpas - operação geralmente comparada à Lava Jato no Brasil.
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A fala do ministro, braço-direito de Michel Temer, vem um dia depois de o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), declarar que deve aceitar pedidos de impedimento contra o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Hoje também, Calheiros afirmou que Janot tem cometido excessos.
Eliseu Padilha disse a empresários em São Paulo que, por sua experiência, apenas 50% dos investigados acabam virando alvo de denúncia na Lava Jato e 15% apenas acabam condenados. "Há muitos equívocos", afirmou. E saiu em defesa do presidente interino, sem citá-lo diretamente. "Não podemos confundir que uma mera menção, citação, possa retirar da vida pública pessoas com história respeitável."
Michel Temer aparece citado na delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, divulgada nesta quarta-feira, 15. Na delação, Machado diz que Temer cobrou R$ 1,5 milhão em 2012, para a campanha do então peemedebista Gabriel Chalita à Prefeitura de São Paulo. A doação foi lícita da Queiroz Galvão, mas segundo Machado, teria sido alvo de troca de favores com a empreiteira.
Apesar da fala, Padilha disse a empresários que os brasileiros ficarão "devendo bastante à Lava Jato". "A Lava Jato presta um grande serviço ao Brasil, o Brasil será outro, aliás já passa por um grande processo de modificação. O papel (da operação) é inestimável nesse momento."
Pouco antes, Padilha foi questionado sobre investimentos do governo em infraestrutura, ele respondeu que o governo irá focar em parcerias com o setor privado.